De acordo com relatos locais, duas casas cristãs no Paquistão foram incendiadas em ataques de motivação religiosa em abril. Ambos os ataques exemplificam a perseguição e discriminação enfrentada pelos cristãos paquistaneses.
William Masih, um jovem cristão, comprou uma casa em algum terreno de Tariq Hussain, um respeitoso proprietário de terras muçulmano. Hussain infelizmente morreu depois de vender a terra para ele, com todos os documentos legais em nome de Masih.
Ghafooran Bibi, irmã de Hussain, alegou ser o proprietário de terras e tentou despejar Masih por meio de ação judicial. No entanto, o juiz responsável pelo caso indeferiu a petição em favor de Masih, citando os documentos legais que provam sua reivindicação sobre a propriedade.
Em 1º de abril, Bibi liderou um ataque à casa de Masih e a incendiou enquanto ele e sua mãe trabalhavam no campo, destruindo tudo o que ele possuía, incluindo a única Bíblia que sua família possuía. Masih e sua mãe entraram com um First Information Report (FIR) contra os incendiários. No entanto, a polícia local não respondeu à reclamação.
Em outro caso, durante a última semana de abril, outras sete famílias cristãs tiveram suas casas incendiadas por extremistas muçulmanos que tentavam tomar suas terras. Asif Munawar, um defensor dos direitos humanos, informou ao International Christian Concern (ICC) que uma das vítimas foi forçada a assinar um documento de reconciliação em nome de todas as famílias para criar a paz.
Shazia Bibi, uma das incendiárias, falsificou documentos em favor de sua alegação de que as famílias cristãs haviam vendido suas casas e as terras pertenciam a ela. Mais uma vez, a polícia local não agiu contra Bibi.
Publicado em 29/05/2021 23h01
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