O ex-presidente russo Dmitry Medvedev adverte Jerusalém contra a venda de armas para a Ucrânia, comparando tal passo ao apoio aos colaboradores nazistas.
Um ex-presidente russo e aliado de Putin alertou Israel na segunda-feira para não vender ou transferir armas para a Ucrânia, comparando tal movimento ao apoio aos colaboradores nazistas da Segunda Guerra Mundial.
Dmitry Medvedev, que serviu como presidente da Rússia de 2008 a 2012, e primeiro-ministro de 2012 a 2020, foi ao Telegram um dia depois que o ministro da diáspora israelense, Nachman Shai, pediu ajuda militar a Kyiv.
“Esta manhã foi relatado que o Irã está transferindo mísseis balísticos para a Rússia”, twittou Shai no domingo. “Não há mais dúvidas sobre onde Israel deve se posicionar neste conflito sangrento. Chegou a hora de a Ucrânia também receber ajuda militar, assim como os EUA e os países da OTAN fornecem.”
Um dia depois, Medvedev escreveu no Telegram para alertar contra qualquer venda de armas israelenses para a Ucrânia, dizendo que qualquer transferência de equipamento militar “destruiria” as relações entre Jerusalém e Moscou.
“Parece que Israel vai fornecer armas ao regime de Kyiv. Um movimento muito imprudente. Isso destruirá as relações diplomáticas entre nossos países”.
Medvedev então comparou as vendas de armas para a Ucrânia com o apoio aos nacionalistas ucranianos da Segunda Guerra Mundial que colaboraram com os nazistas.
“Eu nem estou falando sobre o fato de que os apoiadores de Bandera eram nazistas e permaneceram assim. Basta olhar para o simbolismo de seus capangas modernos. Se eles são fornecidos com armas, então é hora de Israel declarar Bandera e Shukhevych como seus heróis”.
Stepan Bandera, um nacionalista ucraniano linha-dura, liderou o Exército Insurgente Ucraniano (UPA), que realizou assassinatos em massa de judeus e poloneses durante a Segunda Guerra Mundial.
O oficial de Bandera, Roman-Taras Yosypovych Shukhevych, realizou alguns dos massacres e expulsões de poloneses durante a guerra.
Publicado em 19/10/2022 02h32
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