Na segunda-feira, 2 de janeiro, um padre católico foi assassinado por homens armados não identificados. O padre, padre Jacques Yaro Zerbo, morava na aldeia de Soro, no noroeste de Burkina Faso. Ele tinha 67 anos.
De acordo com um relatório da ACI África, os atiradores levaram o veículo do padre e outros pertences depois de o terem matado.
Padre Zerbo era sacerdote desde 1986 e fundou um centro de reeducação juvenil onde trabalhava com jovens.
Militantes ligados à Al-Qaeda e ao ISIS começaram a iniciar cada vez mais ataques violentos em Burkina Faso a partir de 2015. A violência observada em Burkina Faso faz parte de uma tendência mais ampla de jihadismo que deslocou 2,3 milhões de pessoas na região do Sahel na África Ocidental.
A ONG de direitos humanos Release International disse em seu relatório Persecution Trends 2022, lançado recentemente, que “a situação enfrentada pelos cristãos em Burkina Faso agora é semelhante à da Nigéria”, onde grupos terroristas como Boko Haram e Estado Islâmico na Província da África Ocidental mataram milhares e deslocaram milhões.
A Release International alertou ainda que a combinação do fraco governo central de Burkina Faso e a retirada das tropas francesas em 2022 provavelmente aumentaria a instabilidade na região.
Publicado em 21/01/2023 10h29
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