Câmara dos EUA ameaça dividir gigantes como Amazon, Facebook e Google


Deputados democratas que investigam há 15 meses o poder das grandes empresas de tecnologia estão pensando na possibilidade de dividir as gigantes Amazon, Apple, Facebook e Google, de acordo com um relatório de 449 páginas publicado na terça-feira

Os republicanos emitiram uma resposta separada, endossando uma forte fiscalização antitruste voltada para as empresas, mas não endossou muitas das prescrições políticas dos democratas. Os Republicanos acusaram as empresas de preconceito contra pontos de vista conservadores.

O deputado republicano Ken Buck, do Colorado, disse que os democratas estão elaborando ideias que limitariam as aquisições futuras de gigantes como Amazon, Alphabet (Google), Apple e Facebook. Buck disse que concordou com algumas das medidas, embora discordasse de propostas de separação mais abrangentes.

“Essas empresas têm muito poder, e esse poder deve ser controlado e sujeito à supervisão e fiscalização adequadas”, afirma o relatório de 449 páginas. “Nossa economia e democracia estão em jogo”.

O relatório descreve uma série de caminhos que o Congresso pode adotar, incluindo legislação que força pelo menos algumas das empresas a separar certas plataformas online dominantes de outras linhas de negócios, bem como mudanças nas regras antitruste.

Os republicanos emitiram uma resposta de 28 páginas, detalhando o que eles dizem ser abusos de poder por empresas de mídia social na censura de discurso online. “As Big Techs querem pegar os conservadores”, concluiu o relatório, criticando os democratas por ignorarem a questão.

O relatório concluiu que a Amazon tem poder de monopólio sobre seus vendedores terceirizados, intimida seus parceiros de varejo e usa indevidamente dados de terceiros para informar sua estratégia de venda de produtos de marca própria de fabricação própria em seu marketplace.

O relatório descreve o domínio do Google na indústria de pesquisa, onde comanda 87% do tráfego de pesquisa via desktop e mais de 99% do tráfego móvel.

O subcomitê também aponta uma tática de controle da Apple sobre a App Store, dizendo que a empresa usa seu poder de modo a prejudicar desenvolvedores, privilegiando seus próprios aplicativos em seus dispositivos.


Publicado em 07/10/2020 16h25

Artigo original:


Achou importante? Compartilhe!


Assine nossa newsletter e fique informado sobre assuntos jurídicos. Preencha seu e-mail no espaço abaixo e clique em “OK”:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *