Hamas ordena interações limitadas com cristãos


O Ministério de Assuntos Religiosos liderado pelo Hamas instruiu os muçulmanos de Gaza a limitar suas interações com os cristãos, segundo a Fides.

Tais instruções foram recebidas com resistência, resultando no ministério esclarecendo que a declaração não tinha a intenção de limitar as práticas dos cristãos no Natal, mas sim impedir que os muçulmanos participassem de celebrações não islâmicas.

Como parte desse esclarecimento, o ministério também disse que os cristãos de Gaza eram compatriotas da causa palestina.

Tal situação mostra dois elementos comumente encontrados em ambientes que conduzem a violações da liberdade religiosa.

Primeiro, indiretamente condiciona a aceitação dos cristãos na sociedade à aprovação de uma causa política. Gaza é um caso extremo porque a área é contida de tal forma que os cristãos não podem escapar fisicamente do local e, portanto, são fortemente impactados pela política.

Em segundo lugar, tal declaração incentiva a segregação entre as religiões, em vez de encorajar o respeito mútuo de cada um. No entanto, esse respeito mútuo é difícil de encorajar quando uma determinada fé é tolerada condicionalmente.


Publicado em 25/12/2020 14h40

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