Ataques de terroristas Fulani deixam 28 cristãos mortos na Nigéria Central

Genocídio na Nigéria

#Fulani 

Nas últimas semanas, terroristas armados Fulani mataram 28 cristãos em diferentes áreas do estado de Plateau, no centro da Nigéria, segundo informações de moradores e líderes locais

Ataques em Bassa

Na região de Bassa, no dia 7 de abril, três cristãos foram mortos em um ataque à vila de Hwrra. As vítimas foram Yakubu Mali, de 48 anos, Mangwa Ive, de 40 anos, e Ezra Riti, de 51 anos. No dia anterior, outra vila, Hukke, também foi alvo de uma emboscada, mas os moradores conseguiram escapar. Joseph Chudu Yonkpa, líder jovem da região, relatou que esses ataques fazem parte de uma série de violências contra cristãos nas últimas quatro semanas.

Entre os casos, no dia 2 de abril, Dewi Terry Nah, de 33 anos, foi esfaqueado e morto. No dia 24 de março, Dumba Yohanna Monday, também de 33 anos, foi assassinado em outra emboscada. No dia 23, três cristãos – John Avia, Sunday Dickson e Peter Dickson – foram mortos na vila de Dundu. Já no dia 13 de março, Audu Buge, de 24 anos, foi morto em sua fazenda, enquanto outro sobrevivente, Iche Sunday, ficou gravemente ferido e está internado.

Além das mortes, Yonkpa denunciou que os rebanhos dos Fulani estão destruindo as plantações dos cristãos, deixando muitas famílias sem sustento. “Esses ataques e a destruição das nossas terras são tentativas de desestabilizar nossas comunidades cristãs”, afirmou. Ele pediu que o governo nigeriano prenda e puna os responsáveis por esses crimes.

Ruth Ki, especialista em segurança e criminologia da região, informou que, desde 2001, 1.107 cristãos foram mortos em Bassa em 2.866 ataques, que destruíram cerca de 27.330 fazendas. “Cada morte é uma vida interrompida, e cada fazenda destruída deixa famílias sem comida e renda”, disse Ki. Ela questionou por que as forças de segurança não conseguiram impedir esses ataques ao longo de duas décadas e sugeriu que o governo adote uma abordagem mais eficaz, com inteligência e apoio às comunidades.

Outras áreas do estado de Plateau, como Barkin Ladi, Mangu, Riyom e Bokkos, também sofrem com a violência armada, com muitas mortes e destruição.

Ataques em Bokkos

Na região de Bokkos, 19 cristãos foram mortos em três ataques no último mês. Em 28 de março, 10 cristãos – sete mulheres e três homens – foram assassinados enquanto participavam de um velório na vila de Ruwi. Alguns foram baleados, outros atacados com facões. Duas mulheres ficaram gravemente feridas. Kefas Mallau, morador local, confirmou o ataque e disse que as vítimas estavam orando por um falecido da comunidade.

O pastor Charles Musa, da região, afirmou que Bokkos e partes de Mangu estão sob ataque há cerca de um ano e meio. “Quase toda semana, um cristão é morto em sua fazenda ou em casa. Muitos são sequestrados”, lamentou. Ele criticou a falta de ação do governo federal e disse que os esforços do governo estadual não têm sido suficientes.

Outro pastor, Ayuba Matawal, descreveu a situação como alarmante. “Enterros em massa se tornaram comuns. Sequestros, violência contra mulheres e ataques em vilas rurais são cada vez mais frequentes”, disse. Em 6 de março, na vila de Pyakmalu, uma viúva de 84 anos, Mama Rifkatu Nuhu, seu filho Ayuba, de 56 anos, e dois netos, de 8 e 5 anos, foram mortos. Em 3 de março, cinco cristãos foram assassinados na vila de Hurti, onde casas foram queimadas e tiros disparados sem distinção.

Centenas de cristãos assassinados na Nigéria nos últimos anos.

Reação das Autoridades

Samuel Amalau, líder do conselho de Bokkos, condenou os ataques. Alfred Alabo, porta-voz da polícia de Plateau, expressou condolências e informou que o comandante de Pankshin foi enviado a Bokkos para reforçar a segurança e evitar novos ataques.

Contexto

Os Fulani são um povo numeroso na Nigéria, composto por muitos clãs. A maioria não segue ideias extremistas, mas alguns grupos adotam uma visão radical islâmica, segundo um relatório de 2020 do Reino Unido. Líderes cristãos na Nigéria acreditam que esses ataques têm como objetivo tomar terras cristãs à força e impor o islamismo, já que a desertificação dificulta a criação de gado.

A Nigéria é um dos países mais perigosos para cristãos, segundo a organização Open Doors. Em 2025, o país ficou em sétimo lugar na lista dos 50 piores lugares para cristãos. Dos 4.476 cristãos mortos por sua fé no mundo, 3.100 foram na Nigéria. Além dos Fulani, grupos jihadistas como Boko Haram e outros operam no norte, atacando comunidades cristãs com sequestros, violência e assassinatos.

Esse resumo foi escrito de forma clara e acessível, mantendo os fatos principais do artigo original, mas adaptando a linguagem para facilitar a compreensão por todos.


Publicado em 11/04/2025 07h09


English version


Texto adaptado por IA (Grok) do original. Imagens de bibliotecas de imagens ou origem na legenda.


Artigo original:


Geoprocessamento
Sistemas para drones
HPC
Sistemas ERP e CRM
Sistemas mobile
IA