As forças de segurança de Uganda e da República Democrática do Congo – RDC resgataram 14 mulheres reféns das Forças Democráticas Aliadas (ADF) no leste da República Democrática do Congo (RDC). Elementos das Forças de Defesa do Povo de Uganda (UPDF) e das Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) executaram o resgate na província de Kivu do Norte como parte de uma operação conjunta conhecida como “Operação Shujaa” visando o ADF no leste da RDC.
Um elemento do ADF responsável por um ataque terrorista em junho de 2023 que matou mais de 40 civis no oeste de Uganda mantinha os reféns, de acordo com um porta-voz do UPDF. O resgate vem como um prelúdio para a próxima reunião bilateral para revisar o status da campanha de contrainsurgência (COIN). As forças de segurança de Uganda e da RDC cooperam na “Operação Shujaa” contra o ADF desde novembro de 2021.
O conflito no leste da RDC está em andamento desde o final dos anos 1990, causando aproximadamente 6.000.000 de mortes desde 1996, de acordo com o Conselho de Relações Exteriores. Grupos armados étnicos – incluindo o Movimento 23 de Março (M23) e grupos extremistas islâmicos, como o ADF afiliado ao ISIS – contribuíram para desestabilizar a região. O ADF se originou em meados da década de 1990 como uma insurgência com elementos étnicos, políticos e salafi-jihadistas em sua ideologia – operando primeiro em Uganda e depois na RDC, de acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.
A International Christian Concern (ICC) informou anteriormente sobre o ataque terrorista de junho de 2023 em Uganda, que ocorreu dias depois que a ICC relatou outro ataque do ADF na RDC que matou mais de 20 vítimas.
Publicado em 23/07/2023 22h20
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