Em uma coletiva de imprensa em 16 de julho em Genebra, o porta-voz do ACNUR Babar Baloch afirmou que 20.000 pessoas foram recentemente deslocadas na província de Kivu do Norte na RDC, devido a ataques de um grupo terrorista jihadista.
A Agência da ONU para Refugiados resumiu a declaração de Baloch em um relatório recente:
Desde 22 de junho, as Forças Democráticas Aliadas (ADF) teriam matado brutalmente pelo menos 14 pessoas e ferido muitas outras na cidade de Beni e arredores. Várias propriedades foram saqueadas e outras incendiadas. Este foi o primeiro ataque em dois anos da ADF à cidade, e o ressurgimento do grupo está aterrorizando a vida dos habitantes.
Há um sentimento de pânico e ansiedade na comunidade, bem como falta de confiança nas forças de segurança, dadas as grandes expectativas de melhores condições de segurança após as novas medidas. Esses recentes ataques forçaram milhares de pessoas a fugir de suas casas para buscar segurança na parte oriental de Beni e continuam a enfraquecer e interromper as atividades sociais, econômicas e educacionais.
Mais de 100.000 pessoas deslocadas foram atendidas com abrigos de emergência em 2020 – e quase 14.000 até agora em 2021 – mas as necessidades continuam altas, pois os ataques de grupos armados continuam a deslocar pessoas na província, com muitos forçados a fugir várias vezes. Mulheres e crianças com necessidades particularmente graves estão sendo ajudadas com abrigo, itens de socorro e assistência em dinheiro.
O ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados, está pedindo medidas urgentes e aprimoradas para proteger os civis no leste da República Democrática do Congo.
No início deste ano, o Departamento de Estado dos EUA designou a ADF como Organização Terrorista Estrangeira e classificou-a como ISIS-RDC. O grupo tem como objetivo principal criar um califado islâmico na África Central. Embora a grande maioria (85-90%) da população da RDC seja cristã, a violência enraizada no extremismo islâmico continua a piorar, colocando o país no 40º lugar na Lista de Vigilância Mundial de Portas Abertas de 2021 para perseguição cristã. ?Essas comunidades predominantemente cristãs são atacadas por um grupo extremista islâmico com uma clara agenda expansionista islâmica?, afirmou o porta-voz do Portas Abertas, Illia Djadi, em referência ao grupo rebelde.
Continue a orar pela cura dos traumatizados pela violência na RDC e para que o Senhor console aqueles que estão sofrendo pela perda de entes queridos. Ore também para que o Senhor fortaleça a proteção do governo sobre seu povo e traga paz à nação, e para que o amor de Jesus redima as almas daqueles que perseguem a igreja.
Publicado em 24/07/2021 21h11
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