Hamas ameaça violência se judeus oferecerem sacrifício de Páscoa no Monte do Templo

Um sacrifício simulado de Páscoa em Jerusalém para fins educacionais, 30 de março de 2015. (Hadas Parush/Flash90)

O Hamas e outros grupos terroristas de Gaza ameaçaram com violência se um grupo judeu seguir adiante com os planos de oferecer sacrifícios no Monte do Templo na sexta-feira, véspera da Páscoa.

O movimento Returning to the Mount, que quer que Israel recupere o controle total do Monte do Templo, divulgou no Facebook um prêmio em dinheiro de 10.000 shekels para quem oferecer com sucesso um cordeiro naquele dia.

Por vários anos, a polícia recusou permissão para Returning the Mount para oferecer sacrifícios. Esta é a primeira vez que a organização oferece incentivos. Rafael Morris, líder do movimento Returning to the Mount, foi proibido pelas autoridades de entrar na Cidade Velha.

O grupo também ofereceu 800 shekels para quem chegasse com um cordeiro e 400 shekels para qualquer judeu que simplesmente aparecesse no Monte do Templo, mesmo que fosse preso.

Ofir Gendelman, porta-voz do primeiro-ministro Naftali Bennett, twittou em árabe: “As alegações de que há judeus com a intenção de matar sacrifícios em Haram al-Sharif são completamente falsas e foram promovidas por organizações terroristas palestinas e outras para incitar”.

O pedido de sacrifícios foi denunciado pela Jordânia, pela Autoridade Palestina e pelo Hamas.

“Enfatizamos que isso representa uma escalada perigosa que cruza todas as linhas vermelhas, pois é um ataque direto à crença e aos sentimentos de nosso povo e nossa nação durante este mês sagrado”, ameaçou o Hamas.

Nos tempos dos templos judaicos, os judeus se reuniam em grupos na véspera da Páscoa para sacrificar um cordeiro, que seria comido durante o seder daquela noite.

A segurança israelense está em alerta elevado, já que o mês muçulmano do Ramadã, Páscoa e Páscoa se sobrepõem este ano.


Publicado em 14/04/2022 16h01

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