Burkina Faso: mais de 130 mortos em um ataque, o mais mortal desde 2015

O presidente de Burkinabè anunciou que as forças de defesa e segurança trabalharam arduamente para localizar e neutralizar os autores do ataque (ilustração fotográfica). ISSOUF SANOGO / AFP

Pelo menos 132 pessoas foram mortas na noite passada em um ataque no vilarejo de Solhan, localizado na região do Sahel, no norte de Burkina Faso. O presidente Roch Marc Christian Kaboré decretou 72 horas de luto nacional.

Era por volta das 2 da manhã quando indivíduos armados invadiram o vilarejo de Solhan, disseram fontes de segurança. “O ataque, lançado por numerosos homens armados, teve como alvo primeiro o posto dos Voluntários para a Defesa da Pátria, auxiliares civis das Forças Armadas na luta contra o terrorismo. Foi mais tarde que ela foi contra as casas”, explica uma fonte ao nosso correspondente em Ouagadougou, Yaya Boudani. A ajuda teria chegado duas horas depois.

Neste sábado, ao meio-dia, outra fonte falou em um pedágio “muito pesado”. “Cem corpos, independentemente da idade, foram encontrados até agora”, disse ela. Ele continuou a ficar mais pesado desde então. Agora são 132 mortos, um número ainda provisório.

O ataque também deixou vários feridos. Além disso, várias casas e o mercado da aldeia foram incendiados pelos agressores.

Assaltantes impiedosos

Alcançado pela RFI, Hamadi Boubacar, prefeito de Seba, capital da prefeitura de mesmo nome localizada a cerca de dez pessoas da aldeia de Solhan, indica que foi um grupo armado não identificado que atacou o ouro de Solhan onde viviam as pessoas. Dezenas de milhares de mineiros vieram procurar ouro. Ele descreve um grupo armado implacável.

“Eles saquearam tudo em seu caminho. Eles mataram pessoas, queimaram carros, saquearam lojas, prontos para destruir qualquer coisa que vissem em seu caminho.”

Hamadi Boubacar, prefeito de Seba.

Qualificando este ataque como “bárbaro”, o presidente Roch Marc Christian Kaboré decretou um luto nacional de 72 horas a partir deste sábado. Ele garante que as forças de defesa e segurança estão trabalhando duro para encontrar e neutralizar os autores deste “ato desprezível”.

Nas últimas semanas, o exército intensificou as operações nesta região do norte de Burkina Faso, onde o ISIS e a Al-Qaeda estão ativos. O ministro da Defesa esteve lá no dia 14 de maio para proclamar a volta à normalidade. Os fatos das últimas semanas continuam provando que ele estava errado. Solhan acaba de sofrer o ataque mais mortal desde que a guerra foi declarada contra os jihadistas no país.


Publicado em 06/06/2021 09h39

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