O Google tem poder para influenciar milhões de votos por meio de mensagens direcionadas

As pessoas fazem fila para votar no Morton and Barbara Mandel Recreation Center em Palm Beach, Flórida, em 3 de novembro de 2020. (Joe Raedle / Getty Images)

Grandes empresas de tecnologia, como Google e Facebook, têm enorme poder de mudar as opiniões das pessoas e as preferências de voto por meio da manipulação do conteúdo de suas páginas iniciais que os usuários veem nas telas de seus dispositivos, sem que as pessoas saibam, disse o Dr. Robert Epstein, psicólogo pesquisador sênior da o Instituto Americano de Pesquisa e Tecnologia Comportamental na Califórnia.

“Calculei, meses atrás, que se todas as empresas do Vale do Silício, as duas mais poderosas sendo o Google e o Facebook, se todas estivessem empurrando na mesma direção, isso poderia facilmente mudar nesta eleição 15 milhões de votos, o que significa que eles, em efeito, decidir quem será o próximo presidente”, disse Epstein em uma entrevista no programa “American Thought Leaders” do Epoch Times.

Epstein conduziu um grande projeto de monitoramento “para determinar o que as grandes empresas de tecnologia estavam mostrando às pessoas nos dias que antecederam as eleições de 2016, 2018 e agora em 2020”.

A equipe do projeto recrutou “um grupo diverso de 733 eleitores registrados, republicanos, democratas e independentes”, de “três estados de batalha muito críticos: Arizona, Flórida e Carolina do Norte”.

Esses agentes de campo foram equipados com um software especial que rastreou suas atividades na Internet, “por exemplo, fazendo pesquisas no Google, Bing e Yahoo”, explicou Epstein.

O software deu à equipe do projeto a capacidade de ver – com a permissão dos agentes – todas as atividades relacionadas às eleições na Internet realizadas pelos agentes de campo, disse Epstein, era como ver as telas dos agentes. “Estamos olhando por cima dos ombros deles, usando software”, explicou Epstein.

O objetivo do monitoramento era capturar conteúdo efêmero, como resultados de pesquisa, lembretes na página inicial do Google ou Facebook, sugestões de pesquisa, feeds de notícias, sequências do YouTube. Este conteúdo fugaz pode afetar os usuários quando aparece, mas depois desaparece para sempre sem deixar rastros, explicou Epstein.

Epstein coletou e preservou mais de meio milhão de mensagens efêmeras nas páginas iniciais do Google e do Facebook de seus agentes de campo que, de outra forma, teriam sido perdidas para sempre.

“E de fato encontramos evidências de preconceito e também o que algumas pessoas podem querer chamar de arma fumegante”, disse Epstein.

“Descobrimos que durante a semana de 26 de outubro, que é bem perto da eleição, apenas nossos agentes de campo liberais estavam recebendo lembretes de voto na página inicial do Google”, disse Epstein.

Entre aqueles que se identificaram como conservadores, “nem uma única pessoa viu esse lembrete na página inicial”, acrescentou.


Publicado em 15/11/2020 22h06

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