A Coreia do Norte vive um regime ditatorial sob o comando de Kim Jong-un, que tem mantido o pulso firme de seu pai, Kim Jong-il, em um regime socialista autoritário.
A perseguição religiosa no país o torna o número 1 na Lista de Perseguição Religiosa, da Portas Abertas, posto alcançado desde 2002.
O governo ditatorial nega à população os direitos de liberdade de pensamento, liberdade religiosa, liberdade de expressão e de informação.
A seguir, listaremos 10 fatos sobre a perseguição religiosa na Coreia do Norte.
1 – Nação mais fechada do mundo
Para o regime de Jing-un, o cristianismo é uma religião ocidental e hostil.
Por conta disto, os cristãos precisam esconder sua crença e, quando são descobertos, passam a sofrer uma série de perseguição, como prisão, detenção em campos de trabalho forçado e até mesmo condenados à morte.
2 – 300 mil cristãos perseguidos na Coreia do Norte
Apesar da perseguição, há trabalhos missionários sendo realizados naquele país.
A expectativa da Portas Abertas é que haja ao menos 300 mil cristãos perseguidos na Coreia do Norte.
O número exato de cristãos que vivem naquele país é incerto, mas sabe-se que a maioria frequenta igrejas secretas e domésticas e vivem sob ameaças por parte do governo.
3 – Família Kim – de cristãos a perseguidores
Kim Il-sung (primeiro presidente da Coreia do Norte) ia à igreja com sua família quando era criança, mas ao assumir o poder do país e não ter apoio dos cristãos, ele se revoltou contra eles.
Confrontos entre grupos prós e anticomunistas deixaram inúmeros religiosos mortos, pois eram eles os principais líderes contra o regime comunista e, antes mesmo de 1948, os cristãos foram presos e outros executados. [3]
4 – Comunismo ou cristianismo
Os comunistas ganharam a batalha e os cristãos foram obrigados a escolher entre abandonar a fé e se tornar comunista, fugir para a Coreia do Sul ou se tornar um mártir e ser morto ou preso pela fé.
Entre os anos de 1946 e 1953 mais de 1,5 milhão de norte-coreanos fugiram para a Coreia do Sul, sendo muitos deles cristãos.
5 – 70 anos de perseguição
Nos últimos 70 anos a vida dos cristãos norte-coreanos têm sido de insegurança.
Segundo o International Christian Concern, há pelo menos 50.000 cristãos presos por sua fé e outros milhares deles condenados em campos de trabalho forçado.
6 – Fé em segredo
Com medo do que podem acontecer, os cristãos norte-coreanos precisam manter suas crenças em segredo.
Orar e cantar hinos em voz alta não é permitido para não chamar a atenção vizinhos ou familiares que possam denunciá-los para as autoridades locais.
As igrejas são majoritariamente feita em casas ou subterrâneas, sempre com muito discrição para não serem pegos.
Ainda assim, as autoridades conseguem encontrar e punir severamente os cristãos que frequentam esses locais de culto. [6]
7 – Prisão e tortura
Quando são pegos, os cristãos são presos e torturados.
A International Christian Concern divulgou este ano o depoimento de uma mulher que descreveu as torturas e espancamentos que ela sofreu após ser presa por conta de sua fé.
Ela teve a cabeça raspada e enfrentava questionamentos repetitivos e violentos dos guardas sobre sua viagem para a China, sobre quem ela conheceu naquele país, sobre a igreja que ela frequentava e se tinha algum exemplar da Bíblia.
8 – Violência aos direitos humanos
Além das prisões, há relatos de cristãos que foram torturados, estuprados, executados e até mesmo crucificados por não aceitarem abandonar a fé cristã.
A ONG inglesa CSW já denunciou em um relatório as atrocidades cometidas pelo ditador comunista.
“Os cristãos sofrem de modo significativo por que o partido comunista que lidera o país os rotula como antirrevolucionários e imperialistas”.
9 – Entidades internacionais defendem a liberdade religiosa
Várias ONGs tentam pressionar o governo comunista a garantir a liberdade de expressão e religiosa.
Este ano foi criada a Coalizão Internacional pela Liberdade Religiosa na Coreia do Norte que tem como objetivo introduzir e fomentar a questão naquele país.
10 – Igreja segue crescendo
Apesar das tentativas do governo de acabar com o cristianismo no país, as atividades religiosas continuam sendo realizadas no país, com vários missionários evangelizando e com igrejas secretas sendo implantadas até mesmo dentro das prisões.
Publicado em 17/07/2020 07h43
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