Clérigo muçulmano promove ódio contra cristãos no Paquistão


Os líderes da Igreja no Paquistão manifestaram preocupação com um vídeo viralizado nas mídias sociais que provocou ódio contra os cristãos. Nesse vídeo, publicado no YouTube, um clérigo muçulmano proferiu comentários depreciativos contra cristãos, principalmente cristãos paquistaneses.

18/07/2020 Paquistão (International Christian Concern) – No vídeo, o clérigo chamava a si mesmo de “uma pessoa espiritual organizada no Islã”.

O clérigo provocou seus seguidores, dizendo: “Eu morava em Rawalpindi, uma cidade próxima à capital do país, Islamabad, quando eu era estudante. Havia uma igreja de Esais (uma palavra depreciativa usada para cristãos), perto da minha residência. Alguns de meus colegas de classe estavam interessados em ver a igreja por dentro. Não houve nenhum dano, no entanto, cada vez que eu respondia: ‘Não temos nada a ver com os locais de culto daqueles que não reconhecem nosso Profeta'”.

“Quero que você saiba que essas pessoas (cristãs) são os piores infiéis do universo”, continuou o clérigo. “Devemos manter distância deles.”

“Esses cristãos não têm o direito de viver neste país islâmico”, gritou o clérigo. “Jogue-os fora deste país.”

“Eles deveriam ir a Trump, o presidente dos EUA”, continuou o clérigo, “polir o sapato e trabalhar apenas para ele. No Paquistão, eles não têm o direito de viver. Se Deus quiser, estamos prontos para escarificar nossas vidas sobre a questão da finalidade da Profecia de Hazrat Muhammad.”

“O discurso de ódio do clérigo é um ato contra a harmonia religiosa”, pe. Qaisar Feroz disse à International Christian Concern (ICC). “O governo deve tomar medidas práticas para controlar esse tipo de fundamentalismo religioso”.

Em todo o Paquistão, os cristãos enfrentam perseguição diária por causa de sua identidade de fé. De acordo com a Open World Watch List dos EUA, o Paquistão é o quinto país mais hostil do mundo para os cristãos. A ideologia extremista expressa pelo clérigo no YouTube é um dos principais impulsionadores da perseguição cristã no Paquistão e deve ser confrontada pelas autoridades.


Publicado em 21/07/2020 05h59

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