As aulas foram suspensas e transferidas online na segunda-feira na principal universidade de tecnologia do Irã em Teerã, após confrontos eclodirem durante a noite entre estudantes e forças de segurança, informou a mídia local.
“A Universidade de Tecnologia Sharif anunciou que, devido aos eventos recentes e à necessidade de proteger os alunos” todas as aulas serão realizadas virtualmente a partir de segunda-feira”, informou a agência de notícias Mehr, em meio a protestos em todo o país pela morte da jovem curda Mahsa Amini sob custódia.
Cerca de 200 estudantes se reuniram na tarde de domingo na universidade e gritaram slogans contra as autoridades clericais do Irã, disse Mehr.
“Mulher, vida, liberdade”, gritavam, assim como “os estudantes preferem a morte à humilhação”, disse a agência de notícias.
As forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo e bolas de tinta contra os estudantes, disse Mehr, acrescentando que as forças de segurança estavam carregando armas que disparam pelotas de aço não letais, do lado de fora do portão norte da universidade.
O ministro da ciência mais tarde chegou ao campus para falar com os alunos em uma tentativa de acalmar a situação, acrescentou o relatório.
Students flee for their lives at Sharif University in Tehran!
? Yashar Ali – – (@yashar) October 2, 2022
Please do not give up on the people of Iran…they need you more than ever!
Please keep tweeting, posting, and retweeting! #MahsaAmini #ZhinaAmini pic.twitter.com/GCgtw0zvOT
Por favor, não desista do povo do Irã… eles precisam de você mais do que nunca!
Por favor, continue twittando, postando e retweetando!
As manifestações entraram em sua terceira semana desde que a iraniana curda Amini, de 22 anos, morreu após sua prisão pela polícia moral por supostamente violar o rígido código de vestimenta do país para mulheres.
Dezenas de manifestantes foram mortos e mais de mil presos durante a onda de protestos. Membros das forças de segurança também foram mortos nos distúrbios.
Publicado em 04/10/2022 11h21
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