Mais de um milhão de chineses foram monitorados pelo regime chinês por meio do banco de dados COVID-19 em apenas um mês

Um homem com máscara protetora caminha sob câmeras de vigilância enquanto a China é atingida por um surto do novo coronavírus, em Xangai, China, em 4 de março de 2020. (Aly Song / Reuters)

Um documento interno do governo chinês obtido pelo Epoch Times mostra que durante o mês de maio, mais de um milhão de pessoas estavam sendo monitoradas de perto pelas autoridades quanto ao risco de contrair o vírus CCP.

O departamento de segurança pública (polícia) da cidade de Wuhai, na Mongólia Interior, emitiu um aviso sobre “o avanço total na construção de aplicativos de big data da polícia”, destacando que o regime chinês mantinha um banco de dados nacional COVID-19 para “populações de alto risco”

O aviso, divulgado em maio, informava que havia mais de 1.170.000 pessoas no banco de dados. Ele seria atualizado diariamente com informações, como a temperatura corporal das pessoas que entram na cidade, que são rastreadas nos postos de controle da cidade; e o número de passageiros que entram nas estações ferroviárias e aeroportos locais. Eles seriam classificados em quatro categorias, com base na gravidade do surto em seu local de residência.

Um documento interno do departamento de segurança pública da cidade de Wuhai, Mongólia Interior, de maio de 2020. (Fornecido ao Epoch Times)

Além disso, seriam coletados dados sobre o paradeiro das pessoas: onde comeram, permaneceram, viajaram, foram às compras ou se divertiram, de acordo com o aviso.

O departamento de polícia disse que iria colaborar com empresas de internet, empresas de tecnologia e três gigantes das telecomunicações – China Mobile, China Unicom e China Telecom – para maximizar sua vigilância.

O documento não mencionou quantos cidadãos foram monitorados no banco de dados desde o início da pandemia.

O uso de alta tecnologia pelo regime chinês para monitorar seus cidadãos já levantou preocupações entre especialistas em direitos humanos e cibernéticos, que observam que os dados são frequentemente coletados sem o consentimento dos usuários.

Durante a pandemia de COVID-19, o popular aplicativo de mensagens chinês WeChat desenvolveu um recurso de “código de saúde” que permitia às autoridades escanear um código de barras nos telefones das pessoas e verificar se um indivíduo está livre de vírus, se teve contato com pacientes com vírus, é COVID-19 positivo ou exibe sintomas do vírus. Alguns especialistas, como a Human Rights Watch, alertaram que os dados pessoais coletados e analisados pelas autoridades policiais podem ser explorados para rastrear e visar dissidentes.

A mídia estatal informou recentemente que a província de Guizhou se tornou um super “hub de big data”, com a polícia utilizando tecnologia para fins de “prevenção e controle”.

Em fevereiro, o vice-diretor do centro de comando do escritório da polícia de Nanjing, Dai Xiulin, disse em uma entrevista ao jornal estatal Nanjing Daily que o escritório criou arquivos para cada “alvo principal do COVID-19”. De acordo com Dai, com a análise comparativa de big data, a polícia poderia detalhar o paradeiro dos principais alvos e enviar ordens às delegacias para “visitas domiciliares precisas”.


Publicado em 20/09/2020 14h53

Artigo original:


Achou importante? Compartilhe!


Assine nossa newsletter e fique informado sobre assuntos jurídicos. Preencha seu e-mail no espaço abaixo e clique em “OK”:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *