‘Nosso pior pesadelo’: terror em Nagorno-Karabakh envia mais de 80.000 pessoas em fuga e alerta sobre a ‘destruição total da herança cristã’

ARQUIVO – Armênios libaneses entram em confronto com a polícia do lado de fora da embaixada do Azerbaijão em Beirute, Líbano, quinta-feira, 28 de setembro de 2023. A rápida queda do enclave de maioria armênia de Nagorno-Karabakh para as tropas do Azerbaijão e o êxodo de grande parte de sua população surpreendeu o grande diáspora arménia em todo o mundo. Centenas de armênios libaneses protestaram na quinta-feira em frente à Embaixada do Azerbaijão em Beirute. Eles agitaram bandeiras da Armênia e de Nagorno-Karabakh e queimaram fotos dos presidentes do Azerbaijão e da Turquia. A polícia de choque lançou gás lacrimogêneo quando lançou fogos de artifício contra a embaixada. (Foto AP / Hussein Malla, arquivo)

#Nagorno 

Com milhares de arménios étnicos a fugir de Nagorno-Karabakh, o caos e a tragédia abundam. Dezenas de milhares de pessoas escaparam da região, inundando a Arménia dias depois de o Azerbaijão ter atacado e tomado a terra; o governo de Nagorno-Karabakh também se desfez.

Joel Veldkamp, chefe de comunicações internacionais da Christian Solidarity International, é um defensor incansável da preservação da herança cristã e um observador atento da turbulência geopolítica na região.

“É o nosso pior pesadelo ganhando vida diante de nossos olhos”, disse Veldkamp à CBN Digital. “Nós previmos que isso aconteceria, avisamos as pessoas que isso aconteceria, os armênios avisaram as pessoas que isso aconteceria e tentamos amplificar suas vozes tanto quanto pudemos.”

Assista ao aviso de Veldkamp:

Terror em Nagorno-Karabakh desencadeia alerta de ‘pesadelo’: ‘destruição total da herança cristã’

Ele expressou frustração e dor de cabeça pelas terríveis consequências desta crise, especialmente para a população de etnia arménia.

Veldkamp, entre outros activistas dos direitos humanos, passou o ano passado a emitir preocupações e alertas sobre a escalada do conflito em Nagorno-Karabakh. Esses avisos ganharam força em Dezembro passado, quando o Azerbaijão bloqueou o corredor de Lachin, a única estrada que liga a Arménia a Nagorno-Karabakh.

Como a CBN News noticiou na altura, isto cortou o acesso à alimentação e aos medicamentos da população étnica arménia. Meses depois, os moradores estão agora fugindo de suas casas.

Segundo as Nações Unidas, 88 mil pessoas já fugiram e cruzaram a fronteira para a Arménia.

Além do custo humano, Veldkamp emitiu outro alerta sobre a história cristã histórica contida em Nagorno-Karabakh.

“A destruição da herança cristã desta terra será total”, disse ele, enfatizando as perdas culturais e históricas que acredita que ocorrerão.


Publicado em 01/10/2023 09h49

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