A AstraZeneca reconhece agora que sua vacina contra a covid-19 pode ter um efeito colateral raro e incomum

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De acordo com informações do jornal britânico The Telegraph, a empresa admitiu pela primeira vez em documentos judiciais que seu imunizante pode causar uma condição conhecida como Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (TTS), um raro distúrbio que envolve coágulos sanguíneos e uma contagem baixa de plaquetas.

Esta admissão surge em meio a uma ação coletiva movida por 51 famílias no Tribunal Superior inglês, alegando que a vacina da AstraZeneca está ligada a mortes e lesões graves. A empresa contesta as acusações, mas reconhece a possibilidade de TTS em casos raros.

Sarah Moore, do escritório de advocacia Leigh Day, representando os reclamantes, criticou o tempo que a AstraZeneca levou para admitir formalmente o possível efeito colateral, apesar do conhecimento na comunidade médica desde 2021.

Em resposta, a AstraZeneca expressou condolências às famílias afetadas e reiterou seu compromisso com a segurança do paciente. A empresa enfatizou que os reguladores confirmaram a aceitabilidade do perfil de segurança da vacina, destacando que os benefícios da vacinação superam os riscos extremamente raros de efeitos colaterais.

A farmacêutica também atualizou as informações do produto para incluir a possibilidade de TTS, conforme aprovado pelas autoridades regulatórias do Reino Unido em abril de 2021. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reiterou que a vacina é segura e eficaz para maiores de 18 anos, e que o efeito adverso em questão é extremamente raro.


Publicado em 30/04/2024 19h42

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