Em atualização nuclear ‘histórica’ a Rússia deve implantar ICBMs Sarmat no outono

Um teste de mísseis balísticos intercontinentais Sarmat no cosmódromo de Plesetsk na região de Arkhangelsk, Rússia, 20 de abril de 2022 | Foto: Reuters via Ministério da Defesa da Rússia

O RS-28 Sarmat, às vezes coloquialmente conhecido no Ocidente como “Satanás II”, é um míssil balístico intercontinental superpesado equipado com MIRV, equipado com combustível líquido russo, capaz de transportar 10 ou mais ogivas nucleares e chamarizes, bem como de atingindo alvos a milhares de quilômetros de distância nos Estados Unidos ou na Europa.

A Rússia anunciou no sábado planos para implantar seus mísseis balísticos intercontinentais Sarmat recém-testados, capazes de montar ataques nucleares contra os Estados Unidos, até o outono.

O alvo declarado por Dmitry Rogozin, chefe da agência espacial Roscosmos, é ambicioso, já que a Rússia informou seu primeiro teste de lançamento apenas na quarta-feira e especialistas militares ocidentais disseram que mais serão necessários antes que o míssil possa ser implantado.

O RS-28 Sarmat, mais coloquialmente conhecido no Ocidente como “Satanás II”, é um míssil balístico intercontinental superpesado equipado com MIRV, equipado com combustível líquido russo, capaz de transportar 10 ou mais ogivas nucleares e chamarizes, bem como de atingindo alvos a milhares de quilômetros de distância nos Estados Unidos ou na Europa.

Em desenvolvimento pelo Makeyev Rocket Design Bureau desde 2009, o RS-28 Sarmat destina-se a substituir o R-36M ICBM no arsenal da Rússia.

O teste desta semana, após anos de atrasos devido a questões financeiras e técnicas, marca uma demonstração de força da Rússia em um momento em que a guerra na Ucrânia elevou as tensões com os Estados Unidos e seus aliados aos níveis mais altos desde o míssil cubano de 1962. crise.

Rogozin disse que os mísseis seriam implantados com uma unidade na região de Krasnoyarsk, na Sibéria, cerca de 3.000 quilômetros (1.860 milhas) a leste de Moscou.

Ele disse que eles seriam colocados nos mesmos locais e nos mesmos silos que os mísseis Voyevoda da era soviética que estão substituindo, algo que economizaria “recursos e tempo colossais”.

O lançamento da “super arma” foi um evento histórico que garantiria a segurança dos filhos e netos da Rússia pelos próximos 30 a 40 anos, acrescentou Rogozin.

A preocupação ocidental com o risco de uma guerra nuclear aumentou desde que o presidente russo, Vladimir Putin, lançou sua invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro com um discurso no qual ele se referiu às forças nucleares de Moscou e alertou que qualquer tentativa de entrar no caminho da Rússia “o levará a tais consequências que você nunca encontrou em sua história.”

“A perspectiva de um conflito nuclear, antes impensável, agora está de volta ao campo das possibilidades”, disse o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, no mês passado.


Publicado em 25/04/2022 05h01

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